Quando a vida revela um fim próximo, o que você faria com o tempo que resta?
A Lista da Minha Vida nos convida a refletir sobre essa pergunta de forma tocante e visceral. O filme da Netflix acompanha Morgan, uma jovem que, diante de um diagnóstico terminal, decide viver seus últimos dias com intensidade, ternura e significado. Com direção de Robbie McCallum, o longa é protagonizado pela talentosa Maisie Williams (a Arya de Game of Thrones), que entrega uma atuação profunda, delicada e extremamente humana.
O elenco ainda conta com Saniyya Sidney, Skye P. Marshall e Jacob Batalon, que interpretam personagens que não apenas orbitam a vida de Morgan, mas também vivem seus próprios processos de crescimento, dor e descoberta. Essa não é apenas uma história sobre uma despedida anunciada. É, sobretudo, uma ode à vida, aos vínculos que criamos e à possibilidade de transformar a dor em algo bonito, mesmo quando tudo parece prestes a desmoronar.
O luto antes da perda
xiste um tipo de luto que começa antes da ausência: é o chamado luto antecipatório. E é exatamente esse o fio condutor do filme. Morgan lida com a iminência da morte com uma mistura de fragilidade e força, e nos mostra que há beleza, mesmo na dor, quando se escolhe viver cada dia com propósito. Sua jornada é marcada por lágrimas, mas também por sorrisos sinceros e momentos de afeto profundo.
Conversar sobre a morte também é um ato de amor
Em um mundo que evita o tema da morte, A Lista da Minha Vida quebra o silêncio com delicadeza. Morgan fala sobre o fim, organiza seus desejos, confronta medos e deixa espaço para que os outros também expressem os seus. Ela nos ensina que falar sobre a morte pode ser um gesto de cuidado com quem fica, e uma forma de garantir que nossas últimas páginas sejam escritas com verdade.
O luto como possibilidade de ressignificação
Mais do que lidar com a perda, o filme fala sobre como podemos ressignificar o luto. Os amigos e familiares de Morgan também embarcam em seus próprios processos de despedida, cada um à sua maneira. A dor da perda é real, mas o que fica — o amor vivido, as conversas, os momentos — também tem potência transformadora. O luto, aqui, não é o fim da história, mas o início de uma nova forma de conexão com quem partiu.
Uma indicação que acolhe e inspira
Se você está passando por um momento de perda, ou busca compreender melhor os caminhos do luto e da despedida, A Lista da Minha Vida é uma obra que pode acolher e inspirar. Com sensibilidade e leveza, o filme nos lembra de que não precisamos esperar o fim para começar a viver com profundidade. E que, mesmo diante da morte, é possível deixar um legado de amor.
Ficha Técnica
Onde assistir: Netflix
Data de lançamento no Brail : 28 de março de 2025
Duração: 123 minutos
Gêneros: Comédia, Drama, Romance
Classificação Indicativa: 14 anos
Diretor: Adam Brooks
Roteiristas: Adam Brooks, Lori Nelson Spielman