O Luto Não É Um Erro, É Um Caminho

Luto e Terapia

Diante da perda, algo em nós tenta silenciar a dor, como se sentir fosse perigoso, como se sofrer significasse estar falhando. Mas o luto não é um erro, ele é uma travessia inevitável quando alguém que amamos parte.


A dor do luto é legítima. Ela nasce do vínculo que existiu, do amor que foi vivido, da ausência que agora pesa no corpo e na alma. Ainda assim, o mundo parece apressado em nos dizer que é preciso seguir em frente, que existe um tempo certo para voltar a ser como antes. Mas como ser “como antes”, quando tudo ao redor já não é o mesmo?


O luto pede tempo. Pede espaço. Pede que sejamos pacientes com aquilo que ainda não entendemos. E, sobretudo, pede permissão para ser dito, e também sentido. Porque nomear o que dói não aumenta a dor—humaniza. Transforma o peso do silêncio em possibilidade de encontro, de cuidado, de ressignificação.


Então, talvez a pergunta não seja como parar de sentir, mas como permitir que o sentir encontre seu lugar. Aos poucos, ao honrarmos nossa própria dor, seguimos caminhando — não para deixá-la para trás, mas para integrá-la à história que continua.


Se, em algum momento, sentir que precisa de um espaço seguro para cuidar do seu luto, buscar ajuda profissional pode ser um caminho de acolhimento e suporte. Você não precisa atravessar essa jornada sozinho.

Com carinho,

Delaine
Psicóloga Clínica

Conheça o Autor

Delaine K. Parreiras é psicóloga, com especialização em Psicoterapia Humanista Fenomenológico Existencial pela UniBh e formação em Psicologia Hospitalar pela Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Atua na clínica há mais de cinco anos, oferecendo atendimentos on-line para adultos e idosos, com base na Abordagem Centrada na Pessoa e na Psicoterapia Experiencial. Possui aprimoramento na área do cuidado ao luto e casos de cuidados paliativos, com participações em eventos, grupos de estudos e uma formação sobre Luto e Perdas realizada em 2020. Além disso, integrou grupo de estudo e aprofundamento em psicoterapia experiencial orientada pela focalização. Seu trabalho é voltado para o acolhimento sensível da experiência humana, oferecendo um espaço de escuta e transformação.

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